De acordo com o estudo hoje divulgado pelo CREA (Centro de Investigação em Energia e Ar Puro), nos últimos 30 dias, as medidas para combater o coronavírus originaram uma “redução de aproximadamente 40% no nível médio de poluição por dióxido de azoto (NO2) e a 10% no nível médio de partículas finas (partículas tóxicas em suspensão no ar)”. Esta melhoria da qualidade do ar resultou em menos 11 000 mortes na Europa relacionadas com a poluição do ar, 609 em Portugal.
Para além das mortes evitadas, o estudo revela que se registaram menos 6 000 novos casos de asma em crianças, menos 600 nascimentos prematuros e menos 1 900 idas ao atendimento de urgência devido a ataques de asma.
No estudo hoje divulgado, Portugal encontra-se entre os países com maiores reduções nos níveis de poluição de NO2 acompanhado por Espanha, Noruega, Croácia, França, Itália e Finlândia.
Os impactos desta redução dos impactos negativos na saúde das pessoas são maiores na Alemanha, Reino Unido, Itália, França, Espanha, Polónia e Portugal. Portugal foi o pais da Europa no qual o impacto na redução dos principais poluentes do ar, resultante das medidas de emergência, foi mais notório, tendo-se registado uma redução em 58% do NO2 e de 55% das partículas finas.